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Archive for Dezembro, 2011

O Twitter é a rede social com o segundo maior número de usuários no mundo. Os agentes dentro dela são os usuários, empresas, e principalmente a empresa criadora da rede social. Uma rede social é uma interface cuja qual permite que indivíduos interajam em um ambiente virtual. E como cada uma delas o Twitter possuiu suas peculiaridades. Ele se propõe em ser um micro blog. Você possui a opção de escrever “o que está acontecendo” em uma frase de cento e quarenta caracteres ou menos, ou apenas “seguir” outros usuários e receber as atualizações deles. Existe um sistema que permite que pessoas sigam e sejam seguidas. Quando uma pessoa segue a outra todas as atualizações irão aparecer em um espaço chamado de Timeline. A interação entre os usuários se dá por três formas. É possível escrever alguma coisa e essa frase irá aparecer para todos os seus seguidores. Existe a possibilidade de dar um retweet o que fará com que a atualização de alguém seja enviada para seus seguidores.  Ou finalmente enviar uma mention, que nada mais é que uma mensagem direcionada para algum usuário, normalmente comentando alguma atualização feita por ele.

Por dar a tamanha liberdade para que os indivíduos expressem sua subjetividade em frases curtas, e possibilitar a interação humana, mesmo que em um ambiente virtual o Twitter pode ser considerado um campo, mesmo que um espaço relativamente novo. O poder simbólico dentro dessa rede social se apresenta de uma forma bastante clara. Quanto maior for o número de seguidores que um usuário possuir, maior será a influência dele dentro da rede. Como a escolha de seguir ou não é inteiramente de cada usuário (não se pode obrigar alguém a seguir um perfil específico) quanto mais seguidores pode-se afirmar que as mensagens feitas por um perfil em específico receberão uma extensão muito maior.

Além da quantidade de seguidores, o poder simbólico pode ser observado pela quantidade de retweets e mentions que esse perfil recebe. Podemos afirmar que a junção desses três fatores determinaram o poder simbólico que tal usuário recebe dentro da rede. O poder simbólico do twitter se dá pela comunicação. A pessoa que tem uma maior capacidade comunicativa possuirá uma maior abrangência, força, e influência na rede. E como cada estrutura social, o twitter acabou criando seus próprios habitus. Quem não segue o que a rede propõe acaba recebendo uma pouca quantidade de poder simbólico (Seguidores, retweets e mentions). Quanto menor for essa quantidade, maiores serão as chances desse novo usuário desistir da rede.

Assuntos como o que se está fazendo no momento são altamente rejeitados. Dentro do Twitter três tipos de status são mais amplamente aceitos. As piadas, as frases românticas, e reflexões simples. É por isso que a maior quantidade de poder simbólico se encontra nas mãos de comediantes. Um perfil que se propõe a mudar um desses três temas acabará não recebendo muitos seguidores, e com a falta deles, a desistência da rede.

Por ser um novo ambiente a ser explorado o Twitter permite diversas análises e interpretações. Existem diversas áreas dentro dele, grupos com outros valores e outras organizações, aonde o poder simbólico acaba sendo levemente diferente. Incrivelmente o ambiente das redes sociais parece estar criando uma sub-cultura mundial, uma sociedade virtual que interage em tempo real com diversas culturas e sociedades, além da própria sociedade em que o usuário está envolvido.

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Nota: Escrevi esse texto as pressas, se acharem alguns erros gramaticais me avisem.

                Estou escrevendo este texto agora porque vejo que algumas pessoas não entendem a diferença entre o que é um Ateu e o que é um Agnóstico. Irei pegar fragmentos de textos que já escrevi e irei postar aqui, simplesmente para evitar o retrabalho de ter que escrever as mesmas coisas de novo.

                O que a palavra Ateu significa? Ateu é uma palavra oriunda do grego antigo que quer dizer “A Theos.” No grego moderno a tradução de Theos é simples, Theos significa Deus, então a tradução mais simples de o que é um Ateu seria “Aquele que nega a Deus.” Porém, qualquer pessoa que estudou um pouco de grego sabe que o significado das palavras não se limita a uma tradução simples, o significado das palavras gregas é muito mais amplo e representa muito mais coisas do que o limitado vocabulário português.

                Theos significa muito além de Deus, ele engloba todo o lado místico e espiritual. A noção de alma e espírito do cristianismo cai ali. A noção de espírito e entidades espíritas também está representada nessa palavra. A própria “energia do mundo” que os druidas antigos cultuavam cai na noção de Theos. Resumidamente, Theos seria tudo aquilo que não pode ser percebido pelos nossos cinco sentidos. Theos é o místico, o espiritual, o duvidoso, e o metafísico. Dessa forma, podemos chegar a conclusão de que Ateu não é somente a negação de Deus, mas sim a negação de tudo o que está além de nossos sentidos.

                Já agnóstico vem de “A gnosis”. Gnosis (de forma simplificada) seria conhecimento. O agnóstico afirma que é impossível conhecer. É uma postura de dúvida. O Agnosticismo pode acreditar ou não em Theos, mas sempre irá manter uma postura de dúvida perante todas as coisas que estão ao redor dele. Pode-se chegar a duvidar até mesmo da existência do mundo real. Até mesmo as “crenças” de um ateísta podem ser questionadas, uma vez que a única comprovação que ele possui são os sentidos. Agnóstico é o que duvida. Ele não ignora o conhecimento, ele só compreende que nunca poderá entendê-lo. Pode ser resumido pela frase de sócrates que diz: “Só sei que nada sei.”

                Resumindo e deixando claras as diferenças. O Ateu é a pessoa que nega a existência de Deus (Theos), e acredita que a única coisa que exista seja o mundo sensível.

                O Agnóstico é aquele que possui a dúvida sempre presente em sua vida. Ele não consegue “crer” em nada, uma vez que não tem certeza de nada. Para ele os sentidos não são tão confiáveis assim.

                Outra coisa que irei aproveitar para falar agora é que me falaram que existe uma postura chamada de Ateu Agnóstico. Bem, como a filosofia é feita de diálogo, eu irei fazer uma crítica a essa postura. Até porque o fato de que um filósofo inventou isso não quer dizer que eu devo seguir, e aceitar a existência dela. Ateu e agnóstico são coisas completamente diferentes e não podem ser complementares. O Agnóstico duvida até do mundo dos sentidos. Porém ele não fala em um nível de fé.

                A forma de não-crer dos dois são diferentes, é como se tentássemos comparar um católico com um Neo-Pentecostal. Eles são parecidos, acreditam em Jesus, mas a formas como vêem o mundo são inteiramente diferentes. Começando a Duvidar até mesmo da ciência e do mundo físico, a pessoa se torna um agnóstico, se o Ateu tiver essas duvidas, ele deixa de ser Ateu, e se torna agnóstico.

                Já se o Agnóstico não acredita em Deus (Theos) ele continua sendo um agnóstico. Se ele acreditar em Deus  (Theos) ele continua sendo agnóstico. A existência ou não desses tipos de fé, não o fazem deixar ou não ser o que ele é, uma vez que “A gnosis” é simplesmente a afirmação de que é impossível conhecer. Acreditar nesse algo é um ato de fé, mas não exclui o fato de que se é impossível conhecer.

Por isso que ser Ateu Agnóstico é impossível.

PS: Agnóstico Teísta é outra besteira.

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                O que a palavra Ateu significa? Ateu é uma palavra oriunda do grego antigo que quer dizer “A Theos.” No grego moderno a tradução de Theos é simples, Theos significa Deus, então a tradução mais simples de o que é um Ateu seria “Aquele que nega a Deus.” Porém, qualquer pessoa que estudou um pouco de grego sabe que o significado das palavras não se limita a uma tradução simples, o significado das palavras gregas é muito mais amplo e representa muito mais coisas do que o limitado vocabulário português.

                Theos significa muito além de Deus, ele engloba todo o lado místico e espiritual. A noção de alma e espírito do cristianismo cai ali. A noção de espírito e entidades espíritas também está representada nessa palavra. A própria “energia do mundo” que os druidas antigos cultuavam cai na noção de Theos. Resumidamente, Theos seria tudo aquilo que não pode ser percebido pelos nossos cinco sentidos. Theos é o místico, o espiritual, o duvidoso, e o metafísico. Dessa forma, podemos chegar a conclusão de que Ateu não é somente a negação de Deus, mas sim a negação de tudo o que está além de nossos sentidos.

                Eu adoro discutir sobre religião. Para as pessoas que me seguem no twitter poderão perceber isso. Eu adoro conhecer o máximo possível das formas de crer e de descrer também. Na internet eu acabo lendo muitos blog de Ateus que até mesmo são interessantes, mas eu acho três coisas em comum entre todos eles.

1) Eles defendem a dúvida e o questionamento;

2) Eles tem certeza na inexistência de Deus;

3) A ciência e a razão são colocados no topo.

                Eu não sei quanto a vocês, mas eu vejo certo problema entre essas duas primeiras premissas. Vejamos bem, quem duvida de tudo, não tem certeza de nada. Mesmo assim, a certeza na inexistência de Theos é argumentada ferozmente. Ora, a pessoa que duvida não terá certeza de nada. E eles tem certeza na inexistência de Deus. Logo, ou eles não duvidam ou tem algo muito comum em diversas religiões: fé.

                Muitos já me comentaram que a fé consiste em acreditar em algo na qual não se pode ter certeza da existência. Vejam bem, eu resumiria diferente. Fé é acreditar em algo que não se pode ter certeza. Agora me permitam fazer algumas perguntas retóricas, não respondam elas, pensem realmente, reflitam e verão que a resposta não é tão simples assim. Como se pode ter certeza da inexistência de Deus (Theos)? Em um campo metafísico a falta de evidências sensíveis não prova a existência ou inexistência de algo. Deus (Theos) é um assunto essencialmente metafísico, logo, utilizar os sentidos e a tão estimada ciência para argumentar a favor ou contra não quer dizer absolutamente nada.

                Irei expor de outra forma. Imaginem um ser humano. Esse ser humano sofreu um acidente e perdeu os cinco sentidos. Ele não vê nada, não escuta nada, não sente nada não sente cheiros ou gostos. Para ele a vida se tornou um poço vazio. Ele tem consciência de si, mas não das pessoas ao redor dele. Você decide visitá-lo. Da ultima vez que verificou, tu és uma pessoa real, você existe não é mesmo? Acredito que sim. Mas para esse garoto que nunca te conheceu, nunca te sentiu, e não te sente ao lado dele, você não existe. Então isso quer dizer que você não existe realmente? Não. Você existe!

                Ou seja, ser incapaz de sentir algo, não prova a inexistência desse algo. Mesmo que esse garoto creia que tu não existas, tu continuarás existindo. Então sabendo disso, como é possível ter certeza na existência ou inexistência de algo ou alguém? Eis uma questão interessante. Irei me aprofundar mais. Sabemos que nossos sentidos são impulsos elétricos gerados em nosso cérebro. O que nos prova que não somos um cérebro em um jarro dentro de um laboratório, e todo o nosso mundo não é uma mera criação de alguns cientistas?

                Espera um pouco, isso quer dizer que não podemos ter certeza de nada! Exato. Se deixarmos a dúvida presente, as certezas que nos cercavam irão lentamente se esvair. Mas o que nos faz continuar acreditando no mundo, nas coisas que nos cercam, que nos dá certeza de alguma coisa? Fé.

                Para se questionar tanto e continuar acreditando que esse mundo é real mesmo, e continuar acreditando na inexistência de Deus (Theos) somente existem duas alternativas. Não se pergunta, e/ou tens fé. E porque mais fé que um religioso? Ora, pois um religioso muitas vezes não se pergunta a respeito de nada, e por isso a fé dele é frágil. Já o Ateu se questiona, muito, e continua tendo certezas, por isso que a fé dele é muito maior. Sinceramente, eu admiro todos vocês, que questionam e ainda tem certezas.

Considerações finais: Para se aprofundar um pouco nesse tema, eu recomendo um outro texto que escrevi aqui no Blog. “O problema dos Universais” que trata justamente sobre o que é possível conhecer ou não. https://sentadonalua.wordpress.com/2011/12/04/o-problema-dos-universais/

Segunda consideração: Se você é Ateu e se ofendeu, se por acaso quiser me xingar, ou discutir comigo, eu te recomendo duas coisas. Primeiro leia meu texto A crítica para os Pseudo-Ateus https://sentadonalua.wordpress.com/2011/10/03/critica-aos-pseudo-ateus/, talvez o chapéu sirva. Depois disso, exponha a cara e fale comigo no Twitter @FilosofoDepre. Caso ache 140 char limitados, use o site twitlonger.com

Comentários, críticas, sugestões, convites para jantares podem ser feitos também pelo twitter, sempre estou por lá, sempre leio as mentions e as procuro responder de alguma forma. Eu tive que fazer dessa forma pelo fato de receber muitos comentários inapropriados aqui no blog. Quando a pessoa tem que mostrar a cara para argumentar ela parece que foge com o rabo entre as pernas.

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Texto escrito em parceria com @pequenasophia

 

O problema dos universais, de certo ponto de vista, existe desde o tempo dos pré-socráticos, porém somente em Platão o mesmo passou a apresentar uma estrutura coerente de pensamento, representada pela teoria das ideias. A categorização do conhecimento em uma parte sensível e outra inteligível abriu uma porta por onde vários filósofos posteriores vieram a passar.

Para que conheçamos algo, é necessário que este algo seja “captado” por nós através da experiência sensível, porém somente estes dados não são suficientes para que sejamos capazes de discernir sobre o que se trata o objeto em sí. Para que identifiquemos o objeto, precisamos de conceitos. Um conceito é uma representação abstrata deste algo, extraída através da experiência sensível, que possui um caráter geral e universal, se tornando um termo comum a muitos singulares, porém sem designar nenhum em particular.

A problematização da chamada “Querela dos Universais” começa com Porfírio, no prefácio da sua “Isagoge”, onde ele questiona a posição Aristotélica perante a Platônica, sobre o fato de se, os assim chamados universais, são realidades inatas ou apenas abstrações de nossa mente.

Uma coisa fica aparentemente clara, esse problema está ligado às seguintes questões: o que é possível sentir e o que é possível abstrair disso. Duas das faces mais exploradas do problema são as que dizem respeito aos campos teológico e/ou do cotidiano, em como seria possível definir o que era “Homem” ou um “Animal”, até mesmo qual seria o conceito de “cadeira” e se essa ideia perfeita de uma cadeira existia em algum lugar ou seria apenas um nome em nosso intelecto.

A grande questão é que além de coisas passíveis de serem sentidas, existem outros conceitos, tais como o Amor, o Poder, a Justiça e o Ódio, que não possuem um representante fenomenológico passível de ser captado diretamente pelos sentidos. Sua existência se dá apenas por conceitos. Será que existe um conceito verdadeiro dessas palavras abstratas, ou seriam apenas processos químicos que se desencadeiam em nosso cérebro, de modo a nos “enganar”?

O grande problema desses conceitos abstratos é que sem uma experiência sensível é quase impossível saber se eles realmente existem. Será que o conceito de amor foi apenas uma confusão sensorial com a paixão que se propagou desde a antiguidade? Será que a existência do poder seja falsa e existe uma outra força que rege as relações humanas hierárquicas?

Uma outra linha de pensamento dos universais se apresentava como o nominalismo(defendido por Roscelin de Compiègne). Afirmavam que a existência de conceitos universais não existia, que tudo não passava de palavras sem existêcia real. Que elas não passavam de um resultado da percepção particular das coisas. Ao mesmo tempo, esses conceitos abstratos como a justiça, por exemplo, não são passíveis de serem sentidos nem mesmo no campo particular, uma vez que ela muda dependendo do caso que a envolva.

O que é possível conhecer? Essa se torna a grande pergunta. Se limitarmos o que é possível conhecer somente aos nossos sentidos, muitos dos conceitos abstratos irão se perder. O conhecimento não está somente ligado aos nossos sentidos, e também não é ligado a apenas o que podemos perceber. O conceito de Amor, de Justiça pode não ser presenciável, mas ao mesmo tempo, a falta de evidências não prova a não-existência deles. Assim como Santo Anselmo provou Deus afirmando que a existência da palavra implicaria na existência da entidade, a existência de um conceito de Amor que se aproximaria da ideia perfeita sobre ele talvez demonstre que ele pode ser apresentado como existente. Mesmo tendo passado tanto tempo e com todo o avanço da ciência, a única certeza que podemos afirmar é aquela enunciada por Sócrates: “tudo que sei é que nada sei”.

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Olá solidão, você por aqui de novo? Venha, entre, vamos tomar um café. Como anda sua vida, minha doce dama? Ah, entendo… mais uma amante, é isso mesmo? Você realmente adora essas relacionamentos poligâmicos minha dama. Mas sabe, tu poderia ser menos ciumenta. Me deixar trancado nesse pequeno espaço as vezes dói, as vezes me falta ar.

Como está o café que a servi? Amargo, como gosta não é? Escuro como as trevas, profundo como um poço sem fim. Ele tem gosto que quando você bebe um pouquinho ele não vai sair da sua boca tao em breve. Como eu chamo ele? Ora minha dama, esse café foi batizado em tua homenagem. Se chama Solitude.

Brindemos, um brinde a nós dois, um eterno romance, uma eternidade amarga que não terá fim. Minha dama, você cuidará de mim quando as feridas se abrirem? Minha Dama, porque até tu me abandonas? Minha dama, porque não permite que eu conheça outras…?

Minha dama… porque gosta tanto de me ver sofrer…?

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