Nota Inicial: A primeira parte deste texto é na verdade uma grande paráfrase do primeiro capítulo dolivro de um de meus professores. Tal livro foi o que me inspirou a entrar na filosofia. Eu não utilizei de citações diretas ou indiretas para não poluir o texto. Ao final poderão achar as referências para o livro, apesar de eu achar que é impossível acharem ele a venda.
Segunda nota: Essa é uma crítica apenas as pessoas que seguem suas ideologias de forma radical, não a todas as ideologias em sua totalidade. Saiba a diferença.
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Viver é algo imprevisível. Se existe um fato ou uma verdade essa é a questão mais próxima que podemos chegar a disso. Nunca sabemos o que irá acontecer no momento seguinte até que ele chegue. Podemos fazer previsões, mas nunca saberemos se elas irão se realizar. Podemos planejar uma viajem, mas não sabemos como estará a situação no dia seguinte, pode acabar a gasolina do carro, pode chover, você pode ficar doente, algum parente pode morrer, um meteoro pode cair em sua casa… enfim, uma infinidade de possibilidades. Mas digamos que tudo esteja certo para que a viajem vá acontecer, você pode simplesmente mudar de ideia, e seus planos passarão para não ir mais.
Mas mesmo em meio a esse caos de possibilidades o ser humano ainda procura determinar um ritmo para suas vidas, as horas, as estações, os anos, a economia, o ensino, as classes sociais… Essa ordem em que vivemos é apenas uma tentativa desesperada de organizar o caos que é nossa vida. Para fugir desse caos, da possibilidade de morte a cada segundo, nós planejamos. Procuramos prever e nos antecipar da melhor forma possível, pensamos no futuro e o tentamos organizá-lo. E isso pode ser muito perigoso, pode acontecer de alguns seres humanos tentarem controlar esse caos, tentarem criar o ritmo perfeito.
Parece que certas pessoas possuem a utopia do mundo perfeito (perfeito segundo suas concepções). Essas pessoas acabam buscando o poder, poder para controlar o caos. E uma vez que não é possível controlar a vida em si eles procuram controlar a única coisa que está ao alcance deles, ou seja, a vontade humana. Controlando a educação, o conhecimento e a liberdade eles irão controlar uma parte importante do caos: o ser humano. Já que é difícil controlar todo o resto, é só retirar a liberdade, a opinião e o ponto de vista contraditório. Mas a democracia deve existir, a liberdade deve permanecer.
Sem o caos não existe vida, não existe a liberdade. Essas pessoas que buscam o poder podem pensar que ao controlar a sociedade estarão fazendo um bem a ela, mas estão enganados, pois o que resta ao ser humano se sua liberdade for retirada?– Fim da paráfrase – E o que acontece atualmente é justamente essa busca por poder por muitos radicais em suas ideologias, como feministas,veganos, ateus e esquerdistas. Eles buscam o poder para mudar e controlar a vontade humana.
Tomemos o exemplo das feministas radicais, dos veganos, ateus, esquerdistas, ativistas do PT, ou qualquer outro grupo que tente impor sua vontade perante os outros. Muitos desses grupos já mostraram que estão dispostos a fazer de tudo para conseguir esse poder sobre as vontades humanas, até mesmo “jogar sujo”. Imagine um mundo onde tu não possa escolher mais o que vestir, o que comer, o que ouvir, comprar, ou o que irá fazer durante a tarde. O problema é que eles utilizam a estratégia de eliminar qualquer tentativa de oposição as suas ideias. Quem vai contra eles está errado, é considerado o vilão. Eles tomam toda a crítica as suas ideias como críticas pessoais.
A busca pelo poder é um veneno. Quando essas pessoas o provam procuram sempre mais. A democracia, mesmo que frágil deve permanecer, as pessoas ainda devem ter sua liberdade. Por mais que tais ideologias acreditem, os seres humanos não precisam de um pastor. Eles precisam sim de normas de conduta, uma moral e uma cultura. Mas não são crianças para que sempre tenham que depender de alguém. Se essas ideologias realmente quisessem indivíduos capazes de fazer suas próprias escolhas, não procurariam tanto assim limitar as ações humanas.
Referência:
LARENTIS, Milton. A vida das Idéias. Experimentos 1988-2008. Bauru: Canal 6, 2008.